Review Batman Arkham Knight – Sem
Spoilers
E aí galera!? Estou aqui para comentar sobre o novo jogo do
Batman, Batman Arkham Knight, o último capítulo da série Arkham, desenvoldido
pela Rocksteady.
Nessa análise irei comentar apenas sobre a versão do PS4,
sem Spoilers, quais são os pontos positivos e negativos do jogo.
Antes de mais nada, aqueles que não jogaram Arkham Asylum e
Arkham City, eu recomendo fortemente que termine eles, pois a primeira cena do
jogo se trata do final de Arkham City, o que já é um baita SPOILER, porém para quem já jogou os jogos anteriores, o que está
abaixo não afetará a jogatina do novo jogo.
SINOPSE:
O jogo se inicia comprovando os eventos finais de Arkham
City, o corpo de Coringa é incinerado! Coringa realmente foi morto pelo Batman.
Após 9 meses de paz em Gotham, Espantalho criou uma nova toxina no medo e cria
um plano para lançá-la na cidade, portanto toda a cidade deverá ser evacuada.
A cidade inteira é evacuada, restando a polícia, bombeiros e
toda a marginalidade solta se aproveitando do caos, sobrando para o Batman (e
companhia) resolver a situação.
Ao longo da história, um novo inimigo de Batman é
apresentado, o Cavaleiro de Arkham (Arkham Knight, personagem que dá título ao
jogo) que se uniu com o Espantalho para derrotar o Batman. As informações que
se sabe a respeito dele é que apresenta um elevado poder de fogo com
treinamento militar e conhece várias técnicas de combate do Batman.
Após evacuação da cidade, o Cavaleiro de Arkham libera
vários tanques de guerra, pontos de observação nos telhados, minas terrestres e
mílicias, tudo para matar o Homem Morcego!
JOGABILIDADE:
Antes do lançamento do jogo eu estava bem ansioso e ao mesmo
tempo receoso quanto a jogabilidade do Batmóvel e quanto as lutas cooperativas.
Esperava muito das lutas cooperativas e tinha medo da jogabilidade com o
veículo.
Primeiro, algumas explicações.
O Batmóvel pode ser controlado de 2 formas, no modo normal,
onde o carro apresenta altas velocidades, ideal para perseguições e fugas.
Nesse modo o carro derrapa muito, o carro atinge altas velocidades rápido demais
e você vai sair destruindo a cidade. No começo achei bem difícil fazer as
curvas sem sair batendo, mas com algum tempo você vai se acostumar.
O Batmóvel também pode ser controlado no modo de Batalha.
Esse modo é bem mais fácil de controlar e as batalhas com ele sempre são muito
boas, com você tendo que desviar dos tiros inimigos e ao mesmo tempo
acertá-los, você terá que fugir de miras automáticas dos tiros inimigo e quanto
mais tanques destruir sem levar dano, você acumula uma espécie de especial que
possui uma mira automática e causa maior dano. Há também outras armas para este
modo que são habilitadas ao longo da história.
Após entender, esses dois modos, posso dizer que a
jogabilidade com o veículo me impressionou. Não tenho nenhuma habilidade com
jogos em que tenho que controlar carros e após algum tempo, consegui dominar
sem muita dificuldade.
Quanto as lutas cooperativas elas só ocorrem nos momentos em
que nos encontramos com a Mulher Gato, Robin ou Asa Noturna. No meio do combo
basta apertar L1, após carregá-lo, e um grande golpe é lançado em conjunto
alternando a jogabilidade do personagem. Essas lutas me impressionaram porque
tomar conta de grupos maiores de inimigos ficou bem divertido e até mais fácil.
O único problema é que a cooperação ocorreu em poucos momentos do jogo.
Além desses dois aspectos, a jogabilidade está bem fluida,
os comandos são respondidos rapidamente e as batalhas convencionais e atalhos
dos golpes continuam bem simples e muito bom de se jogar.
GRÁFICOS:
Os gráficos do jogo estão bem bonitos, Gotham é imensa com
várias luzes de neon, faróis, fogo e inúmeros marginais na rua desejando ser
espancado. O mais interessante é que o jogo praticamente não há loadings,
apenas quando você morre ou entra em um elevador por exemplo. No caso do
elevador, sempre há alguma mensagem, ou o espantalho ou Charada ou Alfred
conversam com você, então até nesses momentos, não há uma sensação de espera.
As cutscenes também estão muito bem feitas e estão dignas da
atual geração de consoles. Na versão do PS4, não tive nenhum problema de
travamentos. Porém é comum, ver corpos sendo atravessados por carros, ou o
chão, postes flutuando, mas nada que afete o desempenho do jogo.
SOM:
O áudio do jogo é praticamente o mesmo dos jogos anteriores.
O grande destaque aqui é a dublagem para o português. A voz do Batman ficou bem
interpretada, também gostei da interpretação do Gordon, Charada e Mulher Gato. Porém
as vozes do Cavaleiro de Arkham é robotizada e o Espantalho não coloca tanto
medo, apesar da aparência assustadora. Para uma dublagem brasileira ficou muito
bom e espero que a dublagem evolua ainda mais em novos jogos.
HISTÓRIA:
A história principal em si não é tão longa, porém as missões
secundárias ajudam a prolongar bastante o jogo. Apesar de curta, prende o
jogador e muitas vezes queremos avança-la ignorando alguns eventos ao redor,
somos em alguns momentos até “impedidos”, quando Alfred entra em contato
conosco com novas informações de outras side quests para que ele possa ter
tempo para pesquisar mais acerca do Cavaleiro de Arkham.
O maior ponto positivo da história é o desenvolvimento do
personagem do Batman, o que se passa na cabeça dele e como os eventos ao seu
redor vão afetando o seu psicológico. Em muitos momentos há flashbacks do seu
passado, como algumas de suas decisões afetaram o que está ocorrendo agora em
Gotham.
Talvez seja por isso que os personagens secundários como Asa
Noturna, Robin e Mulher Gato tenham tido uma participação menor. São poucos os
momentos em que os controlamos, diferente de Arkham City, que hora alternávamos
o controle com a Mulher Gato.
As missões secundárias acrescentam pouco a história do jogo
e não representam um grande desafio. A maior dificuldade é descobrir onde
muitas delas estão no mapa, pois sua localização exata muitas vezes não é
revelada. Porém basta sair voando um pouco pela cidade ou correndo com o
Batmóvel que será possível encontrar algo a se fazer na cidade.
Em uma das missões secundárias (uma das que gostei mais) há
corpos espalhados pela cidade e então devemos ficar atentos a uma música de
ópera que é a característica do assassino, então devemos examinar os corpos até
encontrar o assassino. Em outra devemos salvar bombeiros que foram sequestrados,
aqui devemos ficar atentos ao rádio e então temos que encontrar a fonte e
descobrir onde está o bombeiro para salvá-lo. Ou seja, as localizações das
missões secundárias não são dadas de bandeja para simplesmente irmos lá e
completa-las. O que foi excelente!!! Pois nos coloca mais na pele do Morcego
nessa noite de Halloween.
O único ponto negativo da história é que há poucas
reviravoltas, com algumas horas de jogo você suspeita da identidade secreta do Cavaleiro
de Arkham bem antes de sua revelação e os inimigos adicionais proporcionam
muito pouco perigo ao Batman. Para fins de comparação, quando joguei Arkham
City, percebia que eu estava muito lascado! Todos os inimigos queriam um pedaço
de mim! Aqui em Arkham Knight, o Pinguim, Duas Caras, Vagalume e outros só
estão se aproveitando da anarquia na cidade e para prendê-los basta realizar
poucas missões.
Após a conclusão da história principal há o Protocolo
Knightfall que ao acessá-lo vemos o final do jogo que pode ser incompleto caso
não complete todas as sidequests e o final completo, que para vê-lo é
necessário terminar o jogo com 100% e isso inclui todos os desafios do Charada.
Se acioná-lo antes de completar 100% não será possível acioná-lo novamente.
OPINIÃO FINAL:
O jogo está excelente, quem já conferiu os jogos anteriores
não pode ficar sem jogar esse. A jogabilidade é praticamente a mesma, mas com o
adicional da luta cooperativa e o Batmóvel.
Em resumo a história do jogo é muito boa, te prende até o
final e nas cenas finais você vai ficar pregado na TV para saber o que vai se
suceder. E o final é simplesmente espetacular! Fecha a história com chave de
ouro e deixa margem para questionamentos! Serão eles respondidos em algum DLC
ou haverá novos jogos? A produtora (Rocksteady) afirmou que este seria seu
último capítulo, será mesmo?
E
você o que achou do jogo?